quarta-feira, 29 de julho de 2009

LITORAL/SINOS - Arilson Wünsch


Nosso jornal - Dentro de alguns dias estaremos chegando mais uma vez até você com o nosso jornal. Leia com carinho e atenção. Ao longo deste mês estivemos passando por diversas USs para reuniões de base e prestando esclarecimentos em respeito ao Acordo Coletivo, que está em meio à negociação - quando sentimos uma grande indignação de nossos colegas em relação à demora que a direção da empresa impõem aos sindicatos que estão negociando. Mas enquanto o Acordo não é assinado, outros problemas que poderiam ser evitados e não são, tomam o tempo dos colegas e dos dirigentes do SINDIÁGUA.



Litoral - Não dá para entender como a Corsan não exige que chefes de unidades importantes, pela grandeza das cidades, fixem residência nas cidades onde são lotados. Nada contra quem mora em outra cidade, mas em Capão da Canoa, por exemplo, o chefe local nunca morou lá - e quem decide quais os chamados que serão atendidos é o vigilante da hora. Para se ter uma idéia, em pleno domingo o chefe colocou apenas um servidor de sobreaviso e, se não fosse o apoio de Xangri-lá, um bairro inteiro de Capão da Canoa ficaria desabastecido, tudo porque o chefe não conhece a cidade, o seu tamanho e sua importância. Reclama que há falta de servidores no setor operacional, mas impõe folga referente às horas trabalhadas e ainda mantém um servidor ASO atendendo ao telefone. Por falar em Capão da Canoa, o mesmo chefe indicou um servidor para a CIPA que nem lotado na unidade é, será que isto pode? Não tinha ninguém da unidade para indicar? Para quem permaneceu um ano todo sem CIPA, já é um começo. Solicitamos à Corsan que oriente os chefes de que a CAT é um direito do trabalhador e ninguém faz favor em preencher CAT e que a solicitação não precisa ser por escrito do acidentado.


Balneário Pinhal - Na Unidade de Balneário Pinhal a Corsan está investindo na construção de uma ETA para servir à comunidade. Sim, é claro que isto seria motivo de grande festa se esta ETA suprisse toda a necessidade que a população exige: acontece que será gasto um valor considerável para não suprir a necessidade da cidade na alta temporada. Mais um modo de investir dinheiro público de modo a não cumprir o seu papel na totalidade. Não dizemos aqui para não fazer a obra, apenas que sejam planejadas obras que tenham futuro.Torres - Estivemos presentes na audiência pública em Torres, e através deste queremos parabenizar aos trabalhadores de Torres pela mobilização que lotou as dependências do local onde foi executada a audiência, pois cada trabalhador procurou trazer seu amigo, parente, vizinho, demonstrando ao prefeito e aos vereadores presentes que a população quer a Corsan em Torres. Lembramos que o SINDIÁGUA, através deste regional e do presidente Rui Porto, já havia começado um trabalho junto aos vereadores no ano passado, onde por duas vezes ocupamos a tribuna livre da câmara para conversar com os mesmos, esclarecendo os perigos de uma eventual municipalização ou ainda privatização do sistema. No dia da audiência estivemos visitando a Câmara e conversando com algumas autoridades do município. Apesar das cobranças de alguns vereadores, acreditamos que a renovação está encaminhada, basta a Corsan fazer a sua parte.


GPOA/Sinos - Fizemos muitas reuniões de base também nessa região. Nas unidades de Gravataí e Cachoeirinha encaminhamos ofícios aos chefes das unidades e coordenadores de COP, atendendo às solicitações dos servidores para a melhoria dos serviços prestados à comunidade.



Zé Buracão - Em Canoas, juntamente com o presidente do SINDIÁGUA, o delegado sindical da COP e os chefes, nos reunimos para conscientizar os chefes da Corsan da necessidade de atendermos bem a comunidade, para que se evitasse o que veio a seguir através de protestos da população, como por exemplo o tal “Zé Buracão”, um boneco colocado sobre um conserto da Corsan, “lendo” jornal e “vendo” a água indo fora. E ainda se faz campanha de mídia para economia de água...Esta cidade é muito grande e importante para o sistema Corsan, pedimos às autoridades da Corsan que olhem com responsabilidade para Canoas e que contratem trabalhadores em número suficiente para que não percamos o contracheque, e os que comandam e trabalham na cidade também sejam responsáveis e não inventem banco de horas, e outras frescuras mais. A Corsan é muito grande para caprichos.


Assembléia Geral - É incompreensível porque alguns detentores do poder, que gostam de marcar presença, como é o caso de Canoas, Viamão e Sapucaia do Sul, ao interpretarem o Acordo decidiram descontar horas do dia da Assembléia. Um fato lamentável para os trabalhadores que vão até uma Assembléia defender inclusive o direito dos próprios chefes. Infelizmente, uma nova ação judicial irá resolver o problema causado pela Corsan. Até quando teremos gestores causando passivo trabalhista e nada acontecendo e a empresa assumindo o ônus?


Dois Irmãos - Na unidade de Dois Irmãos houve troca de chefia, esperamos que o chefe que assume, colega de unidade, faça um bom trabalho. E que consiga unir o grupo em torno da Corsan pública, sabemos que não é uma tarefa muito fácil na atualidade.


Osório – Na foto, aparece uma adutora de água bruta que foi construída em Osório, ex-Surlit, há algum tempo. Deveria ter vindo por uma rua, mas por problemas que não sabemos, isso não aconteceu e o buraco entre o poste e a árvore serviria para a interligação da adutora nova com a velha. Como a Corsan demorou para fazê-lo, o cidadão que mora ali perto não quis ficar com um buraco em frente ou ao lado da sua casa e fechou o buraco com grama. Até quando vamos colocar dinheiro em obras e canos enterrados sem que sejam usados? Esperamos que pelos menos seja investigado porque esta obra ainda não está em uso. Outro (des)caso é o de um caminhão que ficou preso por muitos dias num posto policial com problemas nos documentos - e a Corsan pagando uma terceirizada para fazer os trabalhos.


Elogios - Mas nem tudo é negativo. A obra de esgoto de Osório, já mencionada na edição anterior do Berro, agora consegue arrancar elogios no jornal oficial da Prefeitura do município, e é citada entre as melhores obras do PAC no RS. Claro que devemos relatar o fato aos demais colegas, até em respeito ao trabalho que está sendo executado.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

LITORAL/SINOS – Arilson Wünsch

Reunião de base em Canoas - Estivemos em Canoas no dia 01 de julho, para reunião de base na COP, onde foram tratados de vários assuntos, entre os quais destacamos os seguintes: os servidores estão executando os trabalhos em dias de folga, sem haver convocação oficial por parte da chefia. Isto implica numa série de problemas, como a possibilidade de acidente. E aí fica a pergunta: de quem será a responsabilidade no caso de um acidente? Ainda, neste dia, o cartão não é batido, apenas preenchida uma ficha de atividades externas. Ou seja, o servidor não tem nenhuma garantia.Outro caso no mínimo estranho é que, aos sábados, os trabalhadores de plantão não conseguem registrar o ponto, pois o mesmo não “abre”, o que é um absurdo - se tem escala, deve haver acesso ao ponto.


Domingo trabalhado – Domingo X dia de folga: neste quesito tem algo muito estranho. Entre o domingo trabalhado e o dia de folga trabalhado, a chefia local paga o dia que deu menos horas a 100%. Por exemplo: se o trabalhador está escalado para trabalhar no domingo, e folgar na segunda-feira, como já foi dito ele será convocado na segunda-feira para trabalhar, exatamente no dia em que seria de 100%. Mas a Corsan paga para ele o domingo (em caso de ter menos horas trabalhadas), se a segunda-feira tiver menos horas trabalhadas paga a segunda...
Banco de horas - Outro assunto que causa muita indignação aos trabalhadores desta COP é o saldo de horas, ou seja banco de horas. Sim, nesta COP existe um banco de horas para aquelas horas que não são pagas, mas devidamente autorizadas pelo coordenador.Não há a liberação do cartão para os servidores que necessitem ficar até mais tarde executando tarefas. Ou seja, o registro do ponto fica apenas na ficha externa, autorizada pelo coordenador.


Campanha da Corsan - Foi comentada a campanha da Corsan em defesa da água, para que não seja gasta água em excesso, ou desperdiçada. Mas o questionamento que a população faz para os colegas é o seguinte: qual o motivo da campanha se a própria empresa não cumpre o que é pedido no comercial, desperdiçando água em diversos vazamentos pela cidade? Vazamentos estes que geraram até a colocação dos conhecidos bonecos ''JOÃO BONECÃO'' pela cidade. A nossa credibilidade em Canoas está baixa, pois a população prefere reclamar para o jornal do que para a Corsan, pois se reclama para o jornal o pleito é atendido, e na Corsan não... Seria esta uma estratégia de terceirizar todos os serviços da empresa para ''atender e satisfazer a população?''.


Dia da assembléia - Outro assunto importante foi a questão do desconto do dia da assembléia: foi descontado e dado falta aos servidores que não voltaram ao trabalho após a assembléia geral realizada dia 20 de março deste ano. Informamos que serão tomadas as atitudes jurídicas cabíveis.

terça-feira, 7 de julho de 2009

LITORAL-SINOS - Arilson Wünsch

Audiência Pública na AL - O SINDIÁGUA/Regional Litoral-Sinos, representado pelo diretor Arilson Wunsch, e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí, representado por João Vargas de Souza, estiveram presentes na audiência pública sobre o novo Código Florestal Brasileiro na Assembléia Legislativa do RS no último dia 25 de junho. Foram discutidos o novo Código Florestal Brasileiro, Área de Proteção Ambiental (APP) e reserva legal ambiental nas propriedades rurais. As discussões giraram em torno da flexibilização das normas contidas no Código Florestal Brasileiro, aprovada em 1965 e ainda em vigor, e que restringe o uso de boa parte da propriedade, que deve ser preservada. A idéia, hoje é trabalhar com a sustentabilidade ambiental, podendo o produtor rural usar as APPs e reservas legais para seu sustento, desde que não ocorra impacto ambiental e com a concordância dos órgãos ambientais licenciadores. É importante lembrar que as determinações do código florestal têm influência direta e fundamental sobre a preservação e a qualidade dos recursos hídricos.

Tensionamento - Esta audiência contou com a presença de diversas entidades representativas da sociedade organizada. O que chamou a atenção é o tensionamento sobre a aprovação de um código em que grandes proprietários de terras sejam tratados da mesma forma que os pequenos produtores rurais. Ou seja, igualando os desiguais, sabendo-se que quem é grande não tem as dificuldades que muitos produtores pequenos têm. Os representantes dos grandes produtores do estado do RS estavam com seus discursos inflamados na defesa dos seus objetivos, e por vezes confundindo seu discurso em defesa de si próprio com a defesa dos pequenos. Chegou-se ao ponto de dizer que a atualização do Código desempregaria muitos pequenos agricultores e que faltaria comida nos supermercados para a população... Ficou clara a pressão sobre os menos informados, pretendendo colocar a culpa em outro pelo seu próprio “fracasso”, ou pela falta de uma política voltada para os pequenos.

Novo código ambiental - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou as mudanças no código ambiental, demonstrando que estas mudanças beneficiarão os pequenos produtores brasileiros, e apresentou um documento construído e negociado com a sociedade, ambientalistas e representantes dos produtores rurais. “Certamente não será um código que beneficiará a todos, mas a negociação entre os setores interessados mostra a disposição do governo em ouvir e discutir com todos sem exceções, e não somente com aqueles que detêm o poder”, disse Minc.